Desde que o homem passou a conviver em sociedade, criou formas de
se expressar e a arte foi sem dúvida a primeira delas vindo
inclusive antes da linguagem.
O conhecimento sobre estas pinturas relatam desde 1575 onde
François de Belleforest publicou sua observação de desenhos
na gruta de Rouffignac. Estes desenhos eram atribuídos a camponeses,
pastores e até mesmo fruto de manobras jesuítas.
O primeiro a estabelecer relação entre as gravuras e os achados
arqueológicos foi Marcelino Sanz de Sautuola que em 1879 procurava
peças pré-históricas juntamente com Maria, sua filha de oito
anos, que foi a responsável pelo descobrimento na gruta de Altamira,
situada no município cântabro de Santillana del Mar.
Marcelino morreu desacreditado e somente após vários achados
feitos por outros cientistas, principalmente em território Francês,
passaram a dar valor a sua teoria.
As gravuras parecem estar associadas a significados místicos
e crenças mágicas, este pensamento se reforça quando as pinturas
são encontradas em covas profundas de difícil acesso e sem restos
de habitação por perto, o que vem a indicar seu uso na decoração
de um santuário. Eram usadas também como uma forma de determinar
a propriedade.
Alguns desenhos tem técnica "avançadas" de pintura dando estilo
de profundidade, movimento e policromia. Utilizavam-se dos dedos
untados com argila, responsável pelas cores ocre e vermelho,
carvão ou óxido de manganês (retirado das rochas) responsáveis
pelas cores negras. Como aglutinante era usado gordura ou sangue
de animais.
O homem pré-histórico também se dedicava a escultura, pequenas
peças feitas de chifre, ossos e pedra possuem tamanha mestria
que são difíceis de reproduzir até hoje. Para esculpir eram
usados instrumentos de sílex, uma espécie de perdeneira usada
para fazer fogo.
Na Bahia mais especificamente no município de Seabra, encontram-se
algumas cavernas como a Santa Marta e Buraco do Cão onde se
pode ver pinturas rupestres feitas por homens primitivos que
viveram há no mínimo 11 mil anos atrás.
O Brasil possui ainda outros sítios de pinturas rupestres, situados
em Minas Gerais e no sudeste do Piauí onde consegue-se distinguir
duas vertentes de pintura, uma naturalista e outra geométrica.