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Era um traço, depois uma curva, junto um arco. Lá no fundo da memória, as imagens. E eu não sabia que minha vida era tão geometria. Primeiro veio a tapeçaria, entre professora tecelão em uma das salas do SESC. A vida no fio da lã: laranja, verde amarelo, preto. Cores tropicais em uma vida desigual. Sonhos... Quantos sonhos nascendo e morrendo nos corredores de um ônibus apertados. E eu não sabia que minha vida era tão geometria. Depois veio o curso de habilitação básica em Artes, no colégio Severino Vieira, no mesmo período, início da década de 80, técnicas diversas nas oficinas de arte em série do Museu de Arte Moderna da Bahia, Solar do Unhão. Compasso, Ângulo retângulo, triângulo. E eu não sabia que minha vida era tão geometria.

No caminho da lida, primeiras exposições, mais de trinta coletivas e umas dez individuais. Menção honrosa na Bienal do Recôncavo, 1991. A estrada não parou por aí. Escrevi alguns projetos sociais de repercussão cultural: Feira Malê de Livros, Oficina de arte Vivências, Mostra de arte da Ladeira. Fui Presidente da AACHS-Associação dos Artesãos do Centro Histórico de Salvador. Frequentei até o 5º semestre de Jornalismo da Faculdade 2 de Julho. “Desse jeito, nessa terra, já não sei viver”. Usando uma frase de uma das músicas do cantor brasileiro Milton Nascimento, defino minha situação atual. Mas, apesar de tudo, continuo cantando mesmo desafinada, pintando porque é a minha vida, o meu trabalho. Abrindo a janela para ler as manchetes do jornal, nas manhãs de sol e de frio dessa cidade.

Observação.