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Floriano de Araújo Teixeira (1923 - 2000) nasceu no ano de 1923 no município de Cajapió, na baixada maranhense. Vai morar em São Luís, onde passa a freqüentar o Grupo Escolar Sotéro dos Reis, depois o Liceu Maranhense. Em 1935 recebe as primeiras aulas de desenho com o Professor Rubens Damasceno. Daquele ano datam as suas primeiras aguarelas. Executa desenhos para histórias em quadrinhos e caricaturas.

Em 1940, junta-se a um grupo de pintores liderados por J. Figueiredo, que o anima a tentar a pintura de cavalete. Estuda e documenta tipos populares e cenas das docas de São Luís. Através de livros e revistas de arte, trava conhecimento com El Greco que o impressiona vivamente, especialmente pela deformação alongada das figuras. Em 1941 expõe no I Salão de Dezembro e com o quadro intitulado "Bêbados" tira o 1o prêmio do certame. Torna-se amigo de Erasmo Dias, talentoso escritor maranhense que lhe franqueia sua biblioteca, onde Floriano descobre os impressionistas franceses e expressionistas alemães.

Em 1948, o coronel Sebastião Archer da Silva, então governador do Estado do Maranhão, encarrega-o de fazer um levantamento e catalogar as gravuras, desenhos e pinturas da coleção Artur Azevedo. Essa tarefa apaixonante dá-lhe a oportunidade de manusear obras de Daumier, Gavarni, Millet, etc.

Em 1949, participa da fundação do Núcleo Eliseu Visconti, atelier coletivo. A essa altura descobre Portinari que o impressiona vivamente. Toma contato com as técnicas da monotipia e da xilogravura.

Em 1950 muda-se para o Ceará onde toma parte ativa no grupo local de artistas modernos. Com Zenon Barrêto, Antônio Bandeira, e outros, funda o grupo dos "Independentes". Em 1953 pinta para a Companhia de Seguros Sul América, um mural cujo tema é a vida rural cearense e em seguida executa um painel tríptico para o Cartório Martins, com tema histórico.

Em 1962 Floriano é convidado pelo reitor Antônio Martins Filho para dirigir o Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará. Um ano após retorna com intensidade à pintura. Seus filhos estão presentes como tema principal dessa fase. Logo a seguir, Floriano é apresentado ao público de Salvador, expondo pinturas e desenhos no MAMB. Torna-se amigo de Jorge Amado e a convite deste muda-se para Salvador, onde reside desde 1965, no bairro Rio Vermelho, com sua mulher Alice e seus sete filhos.

Paralelamente ao desenho e à pintura, Floriano Teixeira desenvolveu uma importante atividade na área da ilustração de livros. Entre outros, ilustrou as capas dos romances de Graciliano Ramos, Jorge Amado e Mário Vargas Llosa. A partir de 1966 participa de coletivas e individuais por todo o Brasil.

Em 1980, Floriano deixa de trabalhar com tinta óleo e passa a trabalhar só com acrílico. "Óleo intoxica, acrílica tem melhor estilo e mais durabilidade". Em Dezembro de 1999, a convite da MCR Galeria de Arte, fez sua mais recente exposição que reuniu pinturas de 1967 a 1999.